Por Gabrielle Tétrault-Farber
GENEBRA (Reuters) - O escritório humanitário da ONU afirmou nesta sexta-feira que custaria cerca de 1,2 bilhão de dólares atender às necessidades de 2,7 milhões de pessoas - toda a população da Faixa de Gaza ocupada por Israel e 500.000 pessoas na Cisjordânia - até o final do ano.
Em 12 de outubro, o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) havia inicialmente solicitado 294 milhões de dólares em financiamento para apoiar cerca de 1,3 milhão de pessoas.
"A situação tem se tornado cada vez mais desesperadora desde então", disse o porta-voz do Ocha, Jens Laerke.
O fornecimento de ajuda a Gaza tem sido sufocado desde que Israel começou a bombardear o enclave densamente povoado após os ataques de homens armados do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, e as organizações de ajuda dizem que não está nem perto de atender às necessidades de seus moradores.
Além de matar milhares de pessoas, o pesado bombardeio das forças israelenses prejudicou a capacidade dos trabalhadores humanitários de entregar suprimentos extremamente necessários.
"Foi registrado um grande número de vítimas, bem como o uso de armas explosivas com efeitos de área ampla em algumas das áreas mais densamente povoadas de Gaza", disse Liz Throssell, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR).
"Temos sérias preocupações de que os princípios de distinção e proporcionalidade não estejam sendo respeitados por ambos os lados."
Em seu apelo revisado por financiamento, que será publicado na segunda-feira, o Ocha disse que descreveria a necessidade de alimentos, água, assistência médica, abrigo, higiene e outras prioridades urgentes.
"Pedimos aos doadores que disponibilizem prontamente recursos para a resposta", afirmou Laerke.
"Nossa capacidade de aliviar o sofrimento da população palestina dependerá de financiamento adequado, acesso seguro e sustentado a todas as pessoas necessitadas, onde quer que estejam, fluxo suficiente de suprimentos humanitários e - o que é mais importante - combustível."