PEQUIM (Reuters) - Negociações para a mediação de um pacto provisório entre a China e o Vaticano a respeito da indicação de bispos estão avançando rapidamente rumo a um acordo, disse uma autoridade chinesa nesta sexta-feira, o que seria um progresso histórico no relacionamento.
Um acordo sobre quem deveria nomear os bispos na China pode ser assinado dentro de meses, disse uma fonte de alto escalão do Vaticano à Reuters em fevereiro.
"As conversas estão progredindo a pleno vapor", disse Fang Jianping, vice-diretor da associação oficial Católicos Chineses, à Reuters nos bastidores da sessão anual do Parlamento quando indagado sobre a perspectiva de uma normalização das relações.
Os 12 milhões de católicos da China estão divididos entre comunidades "clandestinas" que muitas vezes reconhecem o papa e aqueles registrados na Associação Católica Patriótica, entidade controlada pelo Estado na qual os bispos são indicados pelo governo em colaboração com comunidades locais da Igreja.
Fang disse que a diretriz política nacional para o desenvolvimento do catolicismo no país é muito positiva, mas não entrou em detalhes.
Um acordo permitiria à Igreja se ocupar dos católicos chineses e se dedicar à expansão da presença católica em uma nação na qual as igrejas protestantes estão se espalhando rapidamente.