JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta sexta-feira ao presidente francês, Emmanuel Macron, que evite novas conversas com o Irã, arquirrival regional de Israel, informou seu gabinete, enquanto líderes europeus lutam para salvar o acordo nuclear de 2015.
"Este é precisamente o momento errado para realizar conversas com o Irã, agora que o país está aumentando sua agressão na região", disse Netanyahu a Macron em uma conversa por telefone por iniciativa do líder da França, de acordo com o comunicado israelense.
No domingo, Macron abriu caminho para um possível rompimento do impasse entre Estados Unidos e Irã a respeito do acordo nuclear depois de o ministro das Relações Exteriores iraniano viajar para uma visita para conversas com a anfitriã França na cúpula do G7.
Na segunda-feira, ainda na cúpula do G7, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que se encontraria com o presidente do Irã nas circunstâncias certas e que há conversas em andamento para ver como os países podem abrir linhas de crédito para manter a economia iraniana à tona.
O acordo nuclear corre risco desde que os EUA o abandonaram no ano passado e reativaram sanções, visando forçar Teerã a fazer concessões de segurança mais amplas, incluindo limites ao seu programa de mísseis balísticos.
Netanyahu, que vê o Irã como uma ameaça mortal e há tempos se opõe ao pacto nuclear, fez um apelo pela readoção de sanções contra o regime. Até agora ele está em harmonia com o governo Trump em sua diretriz para o Irã.
Na terça-feira, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que seu país não conversará com os EUA até que todas as sanções impostas a Teerã tenham sido suspensas.