O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu afirmou na última 3ª feira (17.dez.2024) que as forças israelenses seguirão no monte Hermon, local estratégico na fronteira com a Síria, até que outro acordo entre os países seja encontrado.
Após o colapso do regime de Bashar al-Assad neste dezembro, as tropas de Israel se mudaram para uma zona desmilitarizada e ocuparam o monte Hermon, entre as Colinas de Golã, ocupada pelo país e a Síria. Autoridades israelenses, segundo a agência Reuters, afirmaram que a medida é temporária e busca garantir a segurança de Israel.
Israel Katz, ministro da Defesa israelense, ordenou na semana passada que as tropas do país se preparassem para permanecer no monte Hermon durante o inverno.
“O cume do Hermon são os olhos do Estado de Israel para identificar nossos inimigos que estão próximos e distantes”, disse Katz. “Estamos realizando esta avaliação para decidir sobre o envio das FDI neste importante local até que seja encontrado outro acordo que garanta a segurança de Israel”, afirmou Netanyahu.
“Estive aqui há 53 anos com os meus soldados numa patrulha das Forças de Defesa de Israel. O lugar não mudou, é o mesmo lugar, mas a sua importância para a segurança de Israel só cresceu nos últimos anos, e especialmente nas últimas semanas com os acontecimentos dramáticos que estão a acontecer aqui abaixo de nós, na Síria”, completou o primeiro-ministro de Israel, ao falar sobre a ocupação no monte Hermon.
Um oficial militar de Israel, em condição de anonimato, disse ao jornal Los Angeles Time, de acordo com os regulamentos militares, que atualmente não há planos para evacuar os sírios que vivem em cidades localizadas dentro da zona de contenção. As Nações Unidas criaram a zona de contenção entre as Colinas de Golã e a Síria após a guerra de 1973 no Oriente Médio. Cerca de 1.100 soldados da ONU patrulharam a área desde então.