Por Robin Emmott e Thomas Escritt
SÃO PAULO (Reuters) - O primeiro ministro Benjamin Netanyahu disse neste domingo que Israel pode agir contra o Irã, não apenas contra seus aliados no Oriente Médio, se necessário, reiterando que a posição de seu país de que Teerã é a maior ameaça mundial.
Com tensões crescendo no Oriente Médio sobre o papel de Irã na Síria e no Iêmen e com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionando por uma abordagem mais forte contra Teerã, Israel busca apoio mais amplo para conter os problemas regionais.
Segurando uma parte do que ele disse ser um drone iraniano após incursão no espaço aéreo israelense no início deste mês, Netanyahu disse à Conferência de Segurança de Munique: "Israel não vai permitir ao regime colocar uma forca de terror em nosso pescoço.
"Vamos agir se necessário não apenas contra os aliados de Irã, mas contra o próprio Irã", disse ele.
Em seu primeiro discurso para o evento annual de Munique, do qual participam autoridades de defesa e segurança e diplomadas da Europa e dos Estados Unidos, Netanyahu pediu à audiência para conter o Irã imediatamente, mostrando um mapa com o que ele disse ser a crescente presença do Irã no Oriente Médio.
Por sua vez, o Irã rebateu. O chanceler MohammadJavad Zarif, que também discursou na conferência, chamou a apresentação de Netanyahu "um circo de história em quadrinhos, que não merece sequer uma resposta."
Zarif acusou os Estados Unidos de usar a conferência para "reviver a histeria" contra o Irã, e negou que Teerã esteja buscando "hegemonia" no Oriente Médio.