JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu rival eleitoral de centro, Benny Gantz, assinaram um acordo nesta segunda-feira para formarem um governo de coalizão de emergência que pode encerrar um ano de impasse político.
O partido de direita Likud, de Netanyahu, e o Azul (SA:AZUL4) e Branco, de Gantz, emitiram um comunicado conjunto dizendo que firmaram um pacto de união, que vem na esteira de eleições em abril e setembro de 2019 e em 2 de março nas quais nenhum obteve uma maioria no Parlamento.
Os detalhes oficiais da partilha de poder não foram revelados de imediato, mas uma fonte do Azul e Branco disse que os dois concordaram que Netanyahu continuará como premiê até outubro de 2021, quando Gantz assume.
Até então, Gantz, ex-chefe das Forças Armadas, atuará como ministro da Defesa e vários de seus aliados políticos, incluindo dois membros do Partido Trabalhista israelense, também ocuparão ministérios.
Durante as negociações, os partidos citaram diversas discordâncias, como a anexação de assentamentos israelenses em planejamento na Cisjordânia ocupada, que os palestinos pleiteiam para um Estado, e a criação de um processo de nomeação de juízes.
As autoridades palestinas não comentaram de imediato.
Netanyahu, que está no poder consecutivamente há 11 anos, é alvo de um indiciamento criminal devido a acusações de corrupção que ele nega, entre elas suborno, fraude e violação de confiança.
Em campanha, Gantz prometeu não participar de um governo comandado por um premiê alvo de acusações criminais, mas recuou recentemente dizendo que a enormidade da crise do coronavírus exige um governo de união de emergência.
(Por Maayan Lubell e Ari Rabinovitch)