Por Tova Cohen
MISHMERET, Israel (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, interrompeu uma visita aos Estados Unidos nesta segunda-feira e militares afirmaram ter enviado reforços para a fronteira de Gaza após um ataque com foguetes próximo a Tel Aviv, que feriu sete pessoas.
Netanyahu ameaçou dar uma resposta assertiva ao ataque de longo alcance, em meio a acusações de opositores em uma disputada eleição israelense daqui a duas semanas, de que o governo vinha demonstrando fraqueza diante de desafios de segurança em Gaza.
Netanyahu, que chegou a Washington no domingo para uma visita de quatro dias, disse que voltaria para seu país logo após encontrar-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, mais tarde nesta segunda-feira.
"Este foi um ataque hediondo ao Estado de Israel e nós responderemos incisivamente", disse Netanyahu em um vídeo.
"À luz dos eventos de segurança, decidi interromper minha visita aos Estados Unidos. Em poucas horas, encontrarei o presidente Trump e, imediatamente depois, voltarei a Israel para coordenar nossas ações de perto."
O Exército israelense disse que o Hamas, grupo armado que governa Gaza, disparou um foguete que destruiu uma casa em Mishmeret, uma vila ao norte de Tel Aviv.
Não houve reivindicação de responsabilidade pelo ataque matinal. Os militares disseram que o Hamas lançou o foguete a cerca de 120 quilômetros de distância, fazendo dele o ataque mais longo de Gaza a causar vítimas desde a guerra de 2014.
Uma autoridade palestina familiarizada com os esforços do Egito para intermediar um cessar-fogo de longo prazo entre Israel e o Hamas afirmou que autoridades egípcias "estão trabalhando para restaurar a calma -- elas vêm fazendo isso antes e depois do foguete de hoje".
O serviço nacional de emergência médica de Israel disse que tratou sete pessoas, incluindo um bebê, um menino de 3 anos, uma menina de 12 anos e uma mulher de 60 anos que sofreram ferimentos e queimaduras devido à explosão.
"Isso fez com que eu me sentisse realmente inseguro, o que é um sentimento com que não estou acostumado", disse Nitzan Shifrin, de 19 anos, morador de Mishmeret.