WASHINGTON (Reuters) - O cidadão norte-americano detido na Rússia Paul Whelan expressou nesta quinta-feira decepção por esperar que mais esforços tivessem sido feitos por sua libertação, e pediu ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que aja rapidamente, depois do anúncio de uma troca de prisioneiros que libertou a estrela do basquete norte-americano Brittney Griner.
Griner foi libertada em troca do traficante de armas Viktor Bout, em uma negociação que pode deixar os Estados Unidos com pouca alavancagem para negociar por Whelan, um ex-fuzileiro naval dos EUA que cumpre pena de 16 anos de prisão por acusações de espionagem, que ele nega.
Biden disse que os Estados Unidos nunca desistirão de buscar a liberdade de Whelan, mas que a troca de prisioneiros envolvendo Griner deixa poucas opções.
"Infelizmente e por razões totalmente ilegítimas, a Rússia está tratando o caso de Paul de maneira diferente do caso de Brittney. E embora ainda não tenhamos conseguido garantir a libertação de Paul, não vamos desistir. Nunca desistiremos", disse Biden.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em uma entrevista coletiva: "Esta não foi uma escolha de qual americano levar para casa. A escolha foi uma ou nenhuma."
Whelan foi detido em 2018 e condenado dois anos depois.
"Estou muito desapontado por não ter sido feito mais para garantir a minha libertação, especialmente porque o aniversário de quatro anos de minha prisão está chegando", disse ele à CNN.
“Eu diria que se uma mensagem pudesse ir ao presidente Biden, esta é uma situação precária que precisa ser resolvida rapidamente”, disse.
(Reportagem de Nandita Bose e Moira Warburton)