OSLO (Reuters) - A polícia norueguesa emitiu um pedido internacional de busca contra Rinson Jose, um homem norueguês-indiano ligado à venda de pagers ao grupo militante libanês Hezbollah que explodiram na semana passada, disse a corporação nesta quinta-feira. Jose, de 39 anos, desapareceu durante uma viagem de trabalho aos Estados Unidos na semana passada. Ele é fundador de uma empresa búlgara que supostamente é parte da cadeia de suprimentos dos pagers. Questionada sobre o que está sendo feito para encontrar Jose, a polícia respondeu à Reuters por email: "Ontem, 25 de setembro, a polícia de Oslo recebeu um relato de pessoa desaparecida, ligada ao caso do pager". "Um caso de pessoas desaparecidas foi aberto, e emitimos um pedido internacional de busca para a pessoa", acrescentou. A Kripos, a polícia criminal da Noruega que administra os pedidos internacionais, confirmou à Reuters que o pedido foi feito, mas se negou a fornecer detalhes. Quando uma pessoa está desaparecida no exterior, a Kripos normalmente emite um alerta global, mas também pode contatar seus pares internacionais diretamente, dependendo das circunstâncias, havia dito anteriormente seu porta-voz à Reuters. A Interpol não estava imediatamente disponível para comentar o caso. Quando foi encontrado por telefone na semana passada, Jose se negou a comentar sobre os pagers. Ele desligou quando foi perguntado sobre seu negócio na Bulgária e, então, não respondeu mais às chamadas ou mensagens de texto. A empresa que emprega Jose na Noruega, o DN Media Group, afirmou que ele foi a uma conferência em Boston no dia 17 de setembro, e que não consegue contato com ele desde o dia 18. Ele trabalha no departamento de vendas. Segundo registros corporativos da Bulgária, Jose fundou a Norta Global Ltd, com sede em Sófia, em 2022. O país está investigando o papel da empresa no fornecimento de pagers com armadilhas internas, mas não encontrou evidências de que eles foram fabricados ou exportados a partir do país. Em um período de dois dias na semana passada, milhares de pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodiram no Líbano, matando 39 pessoas e ferindo milhares. Acredita-se que Israel tenha realizado o ataque, mas o país não confirmou nem negou seu envolvimento. (Reportagem de Nerijus Adomaitis)