Por Gustavo Palencia
TEGUCIGALPA (Reuters) - O governo da nova presidente hondurenha, Xiomara Castro, não planeja estabelecer laços diplomáticos com a China e vai priorizar as relações com os Estados Unidos, disse um aliado de alto escalão de Xiomara nesta quinta-feira, sinalizando uma reversão de sua posição pré-eleição.
Antes da eleição presidencial de domingo, que Xiomara Castro parece ter vencido por uma grande margem e que seu principal rival admitiu derrota, ela dizia que estava aberta para iniciar relações formais com a China. Isso teria sido um revés para o antigo aliado diplomático de Honduras, Taiwan, que a China vê como uma província renegada.
Honduras, com uma população de pouco menos de 10 milhões, faz parte de um clube cada vez menor concentrado na América Central e no Caribe que mantém relações com Taiwan, apoiado pelos EUA.
A promessa de Xiomara Castro sobre as relações com a China gerou choques diplomáticos entre Pequim e Washington, que buscam exercer influência sobre a nação centro-americana.
Salvador Nasralla, segundo colocado da eleição presidencial de 2017 em Honduras e que deve ser um dos três vice-presidentes de Xiomara, disse à Reuters que qualquer relação com a China deve ser comparada com os laços com os Estados Unidos.
Quando questionado se Honduras estabeleceria relações com a China, Nasralla disse: "Não".
"Não há relações com a China, as relações continuam com Taiwan", acrescentou. "Nosso aliado comercial, nosso aliado próximo, nosso aliado histórico são os Estados Unidos. Não queremos brigar com os Estados Unidos, os Estados Unidos são nosso principal aliado comercial."