Por Richard Lough e Tangi Salaün
PARIS (Reuters) - Cinco anos depois de assassinos islâmicos realizarem o pior ataque do pós-guerra na França, o primeiro-ministro do país prestou homenagem às vítimas nesta sexta-feira e o país voltou a ficar em estado de alerta devido a uma nova onda de violência de motivação ideológica.
O ataque de 13 de novembro de 2015 cometido por suicidas e atiradores jihadistas matou 130 pessoas, feriu centenas e deixou cicatrizes profundas na psique da nação.
O premiê francês, Jean Castex, depositou coroas de flores em locais da capital que foram atingidos naquela noite, a primeira diante do estádio nacional, onde o massacre coordenado começou durante uma partida de futebol assistida pelo então presidente François Hollande.
Os agressores também visaram a casa de espetáculos Bataclan, onde alguns dos líderes muçulmanos franceses mais tarde realizaram uma cerimônia separada, além de cafés e restaurantes -- pontos sob grande vigilância policial na véspera do aniversário desta sexta-feira.
A França vive novamente sob seu maior alerta de segurança desde um esfaqueamento diante da antiga redação da revista Charlie Hebdo, após a decapitação de um professor de história que mostrou charges do profeta Maomé à sua classe e um ataque fatal em uma igreja de Nice.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, avaliou que o país enfrenta um perigo duplo. "Do lado de fora, pessoas enviadas do exterior, e uma grave ameaça interna, pessoas que estão entre nós, nossos inimigos internos", disse ele à rádio Franceinfo nesta sexta-feira.