Por Nailia Bagirova e Nvard Hovhannisyan
BAKU/YEREVAN (Reuters) - Um novo cessar-fogo no enclave montanhoso de Nagorno-Karabakh parecia ameaçado nesta segunda-feira, já que forças armênias étnicas e azeris se acusaram de retomar os bombardeios.
O cessar-fogo foi acertado no sábado depois que um acordo mediado pela Rússia uma semana antes se mostrou incapaz de deter os piores combates no sul do Cáucaso desde os anos 1990. Mais de mil pessoas já foram mortas desde que o confronto teve início no dia 27 de setembro.
A incapacidade de conter o conflito provocou o temor de uma crise humanitária e tensionou os laços entre a Turquia, forte apoiadora do Azerbaijão, e seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que quer o fim da luta.
A Rússia, que tem um pacto de defesa com a Armênia, também corre o risco de ser tragada em uma guerra regional.
Autoridades de Nagorno-Karabakh, um enclave separatista do Azerbaijão que é povoado e controlado por armênios étnicos, disseram que forças azeris estavam bombardeando suas posições em áreas no norte e no sul da linha de contato que as divide.
O Ministério da Defesa do Azerbaijão disse que forças armênias bombardearam suas posições nas regiões de Garanboy, Terter e Aghdam de madrugada e que a região de Agjebedin estava sendo bombardeada na manhã desta segunda-feira.
Não foi possível verificar tais relatos de imediato. A trégua mediada por Moscou visava possibilitar que os dois lados trocassem prisioneiros e corpos dos que morreram nos confrontos, mas teve pouco impacto nos combates ao redor do enclave.