MAPUTO (Reuters) - Filipe Nyusi tomou posse como novo presidente de Moçambique nesta quinta-feira após uma contestada vitória eleitoral em outubro do ano passado e prometeu modernizar a economia e manter a paz no país do leste africano.
O líder de oposição, Afonso Dhlakama, cujo partido Renamo classificou as eleições do ano passado como fraudulentas, boicotou a cerimônia. Mais cedo neste mês, o ex-chefe rebelde na guerra civil ameaçou dividir o país em dois por causa do desentendimento em relação à eleição.
O Renamo lutou uma guerra de 16 anos contra o movimento Frelimo, de Nyusi, antes de assinar um acordo de paz em 1992, e a antiga colônia portuguesa busca agora deixar para traz os anos de pobreza por meio da exploração de seus enormes recursos energéticos.
"Os moçambicanos nunca vão temer a ameaça das armas", disse Nyusi nesta quinta-feira em referência à tensão entre os grupos Frelimo e Renamo. "Eu assumo a Presidência com a disposição e a disponibilidade de ouvir a todos os partidos e ao povo."
Moçambique possui grandes reservas de carvão, assim como reservas energéticas em seu litoral, mas o país está entre os menos desenvolvidos do mundo, com a maioria dos seus mais de 25 milhões de habitantes vivendo na pobreza.
(Reportagem de Manuel Mucari)