QUITO (Reuters) - O diretor do sistema penitenciário do Equador disse nesta quarta-feira que o número de mortos em um motim prisional aumentou para pelo menos 30, e que as autoridades ainda estavam trabalhando para recuperar 10 corpos.
O Equador informou na noite de terça-feira a ocorrência dos confrontos na Penitenciária del Litoral, na província de Guayas, que tem sido palco de lutas sangrentas entre gangues pelo controle da prisão nos últimos meses.
Seis das vítimas do confronto --o terceiro tumulto mortal em prisões no Equador este ano-- foram decapitadas.
“Temos cerca de dez corpos que neste momento estão sendo removidos, com a coordenação da polícia e da promotoria”, disse Bolivar Garzón, chefe do serviço penitenciário do SNAI, a jornalistas, do lado de fora da prisão.
O número de feridos na rebelião subiu de 48 para 52, segundo Garzón.
Dezenas de pessoas chegaram ao presídio para buscar informações sobre parentes e exigir a responsabilização de parte das autoridades encarregadas da segurança dos internos. O governo reforçou a presença militar ao redor da instalação.
Foram registrados motins em fevereiro e julho no sistema prisional do país, que abriga cerca de 39.000 presidiários. Pelo menos 79 pessoas morreram na violência de fevereiro e, em julho, pelo menos 22 vidas foram perdidas.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) já havia condenado a violência e a Human Rights Watch instou o governo do Equador a investigar exaustivamente a violência nas prisões e levar os responsáveis à justiça.
(Reportagem de Alexandra Valencia em Quito)