MADRI (Reuters) - Um "número significativo" de forças de segurança será enviado à Catalunha antes da eleição parlamentar de domingo para evitar que os protestos que vêm abalando a região espanhola interrompam a votação, disse o primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez, nesta quarta-feira.
O separatismo catalão e as semanas de protestos na capital regional Barcelona após a condenação de nove líderes independentistas à prisão em meados de outubro voltaram aos holofotes agora que a Espanha se prepara para sua quarta eleição em quatro anos.
As autoridades vêm se precavendo para protestos pró-independência que podem se tornar violentos na véspera da votação, disseram fontes do governo e do Partido Socialista à Reuters na semana passada.
"Logicamente, mobilizamos um número significativo de forças de segurança estatais para garantir a normalidade em um dia no qual os cidadãos e seu voto precisam ser os protagonistas", disse Sánchez à emissora pública RNE.
Um porta-voz da Polícia Nacional de Barcelona disse que o batalhão antichoque foi acionado na Catalunha para "reforçar no caso de distúrbio político, como a interdição de seções eleitorais", mas acrescentou que a polícia regional ficará encarregada de manter a ordem no dia e que a Polícia Nacional só agirá se for solicitada.
Os principais candidatos à eleição discordaram quanto à maneira de tratar do separatismo catalão em um debate televisivo na segunda-feira. Pesquisas indicaram que o tema pode ser decisivo no pleito de 10 de novembro, no qual os socialistas liderados por Sánchez ainda lideram, mas vêm perdendo apoio, enquanto partidos de direita que prometem adotar uma postura mais rígida com a região insubmissa vêm crescendo.
(Por Jose Elías Rodríguez, Belen Carreno e Joan Faus)