CABUL/PESHAWAR, Paquistão (Reuters) - O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, prometeu nesta quarta-feira vingar "cada gota de sangue" do ataque suicida desta semana em Cabul, e as autoridades mais que dobraram o número de mortes, que agora está estimado em 64.
O ataque atingiu um escritório do serviço nacional de segurança, localizado em uma área perto da sede do governo e da zona diplomática. A maioria das baixas, incluindo 347 feridos, foi de civis, segundo o porta-voz do Ministério do Interior Sediq Sediqqi.
Mas cerca de 30 membros do Diretório Nacional de Segurança também morreram no atentado, a maioria baleados por atiradores que invadiram o complexo depois que um veículo com explosivos detonou a entrada do local, de acordo com parlamentares.
O Taliban logo assumiu a autoria do ataque, o incidente isolado mais mortífero em Cabul desde 2011 e levado a cabo poucos dias depois de a insurgência islâmica anunciar o início de sua ofensiva anual de primavera.
Mas o grupo rejeitou os relatos sobre as vítimas civis, acusando o governo de "propaganda mal intencionada". O Taliban afirmou que 92 agentes de seguranças foram mortos na ação, embora muitas vezes exagere o número de baixas.
(Por Hamid Shalizi e Jibran Ahmad)