Por William James
LONDRES (Reuters) - O Partido Conservador britânico não pode deixar que seja definido unicamente pelo Brexit, afirmou o vice da primeira-ministra Theresa May, neste domingo, enquanto pesquisas mostram que o fracasso em deixar a União Europeia no cronograma previsto causou graves danos ao seu apoio.
A autoridade de May foi devastada pelas três tentativas, sem sucesso, de aprovar um acordo de saída no Parlamento e a promessa de renunciar uma vez que o Brexit seja entregue, levando a especulações sobre seu sucessor e uma possível eleição nacional.
A outrora comemorada estabilidade política desapareceu, ameaçando rachar tanto os Conservadores quanto seus principais rivais, os Trabalhistas, deixando a quinta maior economia do mundo diante de um futuro incerto.
Sem consenso no Parlamento, reflexo de uma população profundamente dividida, todos os resultados são possíveis nas próximas semanas e meses: deixar a União Europeia com um acordo, uma saída desordenada sem acordo ou uma outra votação para decidir se o país realmente sairá.
"Não podemos nos definir como o partido do Brexit", disse David Lidington.
"Temos que entregar o resultado do referendo... mas o Partido Conservador tem que permanecer como uma igreja ampla, um partido nacional, e precisa falar sobre coisas que importam às pessoas em seus cotidianos: moradia, serviços de saúde, padrões de vida."