WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disseram nesta segunda-feira que a Otan poderia ajudar a Líbia a se contrapor aos militantes do Estado Islâmico, além de treinar e assistir tropas no Iraque, na Jordânia e em outros locais para combater o grupo insurgente.
"Continuamos a cooperar de forma contínua a respeito de operações em potencial em áreas como a Líbia, onde se tem os primórdios de um governo", afirmou Obama aos repórteres depois de receber Stoltenberg no Salão Oval.
Governos ocidentais temem que o Estado Islâmico esteja se expandindo na Líbia no momento em que a coalizão liderada pelos EUA expulsa os militantes de territórios que conquistaram na Síria e no Iraque.
Stoltenberg disse que a aliança de 28 países que comanda está analisando como poderia ajudar a estabilizar e apoiar nações da região nas quais o Estado Islâmico está operando, incluindo a Líbia.
"A Otan está pronta para oferecer apoio", disse, enfatizando os avanços recentes na Líbia com vista à formação de um governo de unidade nacional.
Obama e Stoltenberg disseram também ter debatido o amparo que a Otan pode fornecer para evitar mortes de refugiados que se arriscam na perigosa viagem de fuga da Síria rumo à Turquia e à Grécia.
No Afeganistão, a Otan e os EUA estão trabalhando para ajudar o governo e treinar suas forças de segurança para reagirem ao Taliban, um tópico que Obama disse que será discutido novamente na cúpula da Otan em Varsóvia no mês de julho.
(Por Roberta Rampton e Timothy Gardner)