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Obama e Raúl Castro dividirão palco na Cúpula das Américas em clima conciliatório

Publicado 10.04.2015, 12:34
Atualizado 10.04.2015, 12:41
© Reuters. Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry (direita), cumprimenta o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, na cidade do Panamá

Por Daniel Trotta

CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu colega cubano, Raúl Castro, irão dividir o mesmo palco nesta sexta-feira, um encontro de grande simbolismo no momento em que seus países deixam de lado décadas de desconfiança e tentam restaurar as relações diplomáticas.

A reaproximação deve ser o destaque da Cúpula das Américas, realizada este ano no Panamá menos de quatro meses depois de ambos anunciarem que irão se esforçar para reduzir as tensões e fortalecer o comércio e as viagens entre os dois inimigos da Guerra Fria.

Obama e Raúl têm agendas diferentes durante a maior parte do dia, mas ambos estarão na abertura do evento ao lado de outros líderes regionais no início da noite desta sexta-feira.

Com exceção de alguns encontros curtos e informais, os líderes de EUA e Cuba não tiveram nenhuma conversa substantiva desde que Fidel Castro, irmão mais velho de Raúl, depôs o ditador Fulgencio Batista, que tinha apoio norte-americano, na revolução de 1959.

Mas os dois principais representantes diplomáticos das duas nações – o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez – tiveram uma reunião em um hotel da Cidade no Panamá na noite de quinta-feira, o primeiro encontro do tipo desde que John Foster Dulles e Gonzalo Guell se reuniram em Washington em 1958.

Sentados frente a frente em uma sala visível através de uma janela grande de vidro, Kerry e Rodríguez conversaram por mais de duas horas. Um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado descreveu o diálogo como "uma discussão longa e muito construtiva" e afirmou que fizeram progresso.

Obama parece prestes a tirar Cuba de uma lista de países patrocinadores do terrorismo. A inclusão de Havana exacerbou as tensões e tornou mais difícil para empresas norte-americanas fazerem negócios na ilha.

Recentemente o Departamento de Estado recomendou que Cuba seja retirada da lista, declarou um assessor do Comitê de Relações Exteriores do Senado na quinta-feira. Obama deve concordar, embora não esteja claro se ele anunciará a decisão durante a cúpula.

© Reuters. Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry (direita), cumprimenta o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, na cidade do Panamá

Uma autoridade dos EUA afirmou que Kerry e Rodríguez aproveitaram o encontro para aplainar o terreno para a remoção de Cuba do documento.

Os elogios generalizados à nova política de Obama para Cuba, entretanto, foram ofuscados no mês passado, quando seu governo impôs sanções à Venezuela, principal aliado e maior benfeitor de Havana. A polêmica paira sobre a cúpula, que termina no sábado.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, diz que irá apresentar a Obama uma petição assinada por milhões de pessoas exigindo a suspensão das sanções. Ele espera receber o apoio de Raúl e de outros líderes esquerdistas da América Latina.

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