Por Jeff Mason e Jonathan Landay
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou nesta quarta-feira de precária a situação de segurança no Afeganistão e anunciou que manterá em 8.400 o número de soldados norte-americanos no Afeganistão até o fim de seu governo, em vez de reduzir o efetivo para 5.500 soldados até o fim do ano como tinha sido planejado.
Em declaração feita na Casa Branca, Obama disse que o papel das forças dos EUA no Afeganistão permanecerá inalterado: treinamento e aconselhamento das tropas e da polícia afegãs, além de dar apoio a missões contraterrorismo contra o Taliban e outros grupos. O mandato de Obama termina em janeiro.
O plano de Obama ainda prevê redução no número de tropas norte-americanas ante os atuais cerca de 9.800 soldados, mas não tanto como planejado inicialmente.
Obama, que assumiu a Presidência em 2009 com a promessa de reduzir o número de tropas norte-americanas nas guerras do Iraque e do Afeganistão, disse ter encerrado as operações de combate dos EUA no Afeganistão. Mas ele reconheceu que as preocupações com a segurança persistem.
"A situação de segurança no Afeganistão permanece precária", disse Obama. "O Taliban segue sendo uma ameaça. Eles ganharam terreno em alguns lugares."
Forças do Taliban detém atualmente mais território no Afeganistão do que em qualquer outro momento desde a invasão liderada pelos EUA em 2001, segundo estimativas recentes da Organização das Nações Unidas (ONU). O grupo militante Estado Islâmico também estabeleceu uma pequena presença no Afeganistão.