Por Emily Stephenson
(Reuters) - O presidente norte-americano, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos estão preocupados com o fato de a China usar sua "dimensão e músculo" para pressionar países menores em torno do Mar do Sul da China.
Seus comentários foram feitos depois de a China defender a construção de ilhas artificiais nesse mar, dizendo que é necessário para salvaguardar a sua soberania nas águas ricas em minerais, um território também reivindicado por Vietnã, Filipinas, Malásia, Brunei e Taiwan.
"A nossa preocupação com a China está sempre ligada ao fato de o país não respeitar necessariamente normas e regras internacionais e por usar seu tamanho e músculos para forçar os países em posições subalternas", disse Obama durante um evento na Jamaica, antes da Cúpula das Américas no Panamá, onde deve reafirmar a liderança dos EUA na América Latina.
"Achamos que isso pode ser resolvido diplomaticamente, mas apenas o fato de as Filipinas e o Vietnã não serem tão grandes quanto a China não significa que eles podem ser deixados de lado."
Autoridades chinesas disseram que as ilhas seriam usadas para a defesa militar e de prestação de serviços que poderiam beneficiar outros países. O Departamento de Estado norte-americano afirmou que a atividade causa ansiedade na região em relação às intenções da China.
As reivindicações chinesas de soberania sobre o trecho de água em sua costa sul e ao leste do continente no Sudeste Asiático coloca o país diretamente contra o Vietnã e as Filipinas, aliados dos Estados Unidos, enquanto que Brunei, Taiwan e Malásia também manifestaram suas reivindicações pela área.
O que está em jogo é o controle sobre o que se acredita serem importantes reservas de petróleo e gás.
Obama, falando a jovens na Jamaica, também disse que os EUA incentivam os investimentos chineses em todo o mundo, mas que os negócios precisam beneficiar as pessoas desses países.
(Reportagem adicional de Matt Spetalnick)