WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que irá se reunir com a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, na segunda-feira, para debater maneiras de reduzir a violência por arma de fogo no país, em meio a especulações de que pretende assinar um decreto sobre a questão.
Obama, em seu pronunciamento semanal gravado, disse que recebeu "cartas demais de pais, professores e crianças para ficar sentado sem fazer nada".
O presidente tem reiterado apelos ao Congresso para intensificar as leis de controle de armas, em especial após o massacre de 2012 em uma escola de ensino fundamental de Newtown, em Connecticut, e novamente depois dos ataques dos últimos meses em Colorado Springs, no Colorado, e San Bernardino, na Califórnia.
"Poucos meses atrás eu direcionei a minha equipe na Casa Branca para olhar para qualquer nova ação que eu possa tomar para reduzir a violência com armas", disse Obama no pronunciamento. "E, na segunda-feira, vou me encontrar com nossa procuradora-geral, Loretta Lynch, para discutir nossas opções".
O jornal Washington Post, citando várias pessoas com conhecimento do assunto, disse que Obama e Lynch irão "finalizar um conjunto de decretos sobre armas que ele apresentará na próxima semana".
Frustrado com a falta de ação do Congresso, Obama prometeu usar "qualquer poder que o gabinete presidencial tenha" para aplicar medidas de controle de armas por meio de decretos presidenciais, que não necessitam de aprovação parlamentar.
(Reportagem de Sandra Maler; Reportagem adicional de Megan Cassella, em Washington, e Jeff Mason, em Honolulu)