Por Luis Jaime Acosta
MEDELÍN (Reuters) - Os líderes da América Latina irão buscar aumentar a pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro e isolar ainda mais o líder quando a Organização dos Estados Americanos (OEA) começar dois dias de reuniões na quinta-feira em Medelín, na Colômbia.
A entidade também irá debater eventuais sanções ao país produtor de petróleo, disse o secretário da OEA, Luis Almagro mais tarde na quarta-feira, sem dar mais detalhes.
A maioria dos 35 membros da OEA apoiam o rival de Maduro, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, controlada pela oposição. Em janeiro, Guaidó invocou a Constituição para se autodeclarar presidente interino, após rejeitar as eleições de 2018 devido a fortes irregularidades.
Alguns países, no entanto, ainda apoiam Maduro ou se abstêm regularmente nas votações sobre a Venezuela e podem evitar que o grupo chegue a uma resolução consensual.
“Precisamos continuar trabalhando em um processo de incrementar a pressão e essa reunião é parte desse processo”, disse Almagro a jornalistas. “Mas também reconhecemos que todo país tem direito à soberania que podem usar em quaisquer itens da agenda.”
A Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, tem permanecido em um limbo político enquanto sua crise econômica e humanitária tem piorado. A hiperinflação e escassez de alimentos e medicamentos levaram quatro milhões de Venezuelanos a deixarem o país.
A Colômbia tem sido o principal destino do êxodo, recebendo um número estimado de 1,3 milhão de imigrantes.
Ainda que a Venezuela tenha anunciado sua retirada da OEA em abril de 2017, sua situação política dominou as últimas reuniões do grupo.
A OEA aceitou o nomeado por Guaidó, Gustavo Tarre, como representante da Assembleia Nacional venezuelana na entidade.