NOVA YORK (Reuters) - Os Estados Unidos deixarão a Organização Mundial da Saúde (OMS) em julho de 2021, anunciou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira após receber notificação formal de decisão tomada pelo presidente norte-americano Donald Trump um mês atrás.
Trump teve que dar o aviso com um ano de antecedência da retirada de seu país da agência da ONU baseada em Genebra, à qual Washington dá suporte financeiro. Os EUA devem atualmente mais de 200 milhões de dólares em contribuições, de acordo com o website da OMS.
Após mais de 70 anos de filiação, o país tomou a iniciativa de se retirar, após Trump acusar o órgão de ter se tornado uma marionete da China em meio à pandemia do coronavírus. O vírus apareceu na cidade chinesa de Wuhan no final do ano passado.
"O secretário-geral (...) está no processo de verificar com a Organização Mundial da Saúde se todas as condições para a retirada serão cumpridas", disse o porta-voz da ONU Stephane Dujarric.
Trump suspendeu repasse de verbas para a entidade composta por 194 membros em abril. Em 18 de maio, deu 30 dias para que a OMS se comprometer a fazer reformas. O presidente anunciou que os EUA deixariam a entidade quase duas semanas depois.
A OMS é um órgão independente que trabalha com a Organização das Nações Unidas. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que a OMS é "absolutamente vital para as iniciativas mundiais para vencer a guerra contra a Covid-19".
(Reportagem de Michelle Nichols)