Por Tom Miles
GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou nesta quarta-feira as primeiras 4 mil doses da vacina de Ebola ao Congo, a primeira vez em que a vacina experimental é despachada desde que foi desenvolvida durante o último grande surto há dois anos.
A vacina, desenvolvida pela Merck (NYSE:MRK), ainda não está licenciada, mas se provou efetiva durante testes limitados no oeste da África durante o maior surto já registrado de Ebola, que matou 11.300 pessoas no Guiné, Libéria e Serra Leoa entre 2014 e 2016.
Autoridades de saúde esperam poder usá-la para conter o mais recente surto na República Democrática do Congo, que a OMS acredita que matou 20 pessoas até agora desde abril.
Trabalhadores da saúde registraram dois casos confirmados, 22 casos prováveis e 17 casos suspeitos de Ebola em três zonas de saúde na província Equateur no Congo, e identificaram 432 pessoas que possam ter tido contato com a doença.
A OMS afirmou que enviou 300 sacos de corpos para enterros seguros em comunidades afetadas, uma possível indicação de quão grande espera que o surto seja.
A primeira leva de 4 mil doses de vacina já estava indo por avião a Kinshasa e a OMS espera enviar uma segunda leva de 4 mil doses nos próximos dias, disse o porta-voz do órgão Tarik Jasarevic. Ela ficará reservada para pessoas sob suspeita de terem entrado em contato com a doença.