GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) obteve autorização das autoridades da República Democrática do Congo para importar e usar uma vacina experimental contra o Ebola no país, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira.
"Temos o assentimento, o registro, mais a permissão de importação, tudo já aceito formalmente", disse Tedros aos repórteres. "Tudo está pronto para ser usado."
A vacinação pode começar na próxima segunda-feira, informou.
A vacina, desenvolvida pela Merck em 2016, se mostrou segura e eficaz em testes com humanos, mas ainda é experimental por ainda não ter uma licença. Ela precisa ser mantida entre as temperaturas de 60 a 80 graus Celsius negativos, o que cria grandes desafios logísticos.
Testada na Guiné em 2015, ao final de um grande surto de Ebola na África Ocidental, a vacina foi projetada para ser usada com a chamada abordagem da "vacinação em anel".
Segundo esta abordagem, quando um novo caso de Ebola é diagnosticado todas as pessoas com quem os infectados podem ter tido contato recente são rastreadas e vacinadas para se tentar evitar a disseminação da doença.
A OMS disse na manhã desta segunda-feira que a República Democrática do Congo relatou 39 casos suspeitos, prováveis ou confirmados de Ebola entre 4 de abril e 13 de maio, entre eles 19 mortes.
A entidade também informou que 393 pessoas identificadas como contatos de pacientes com Ebola estão sendo monitoradas.
(Por Tom Miles; reportagem adicional de Kate Kelland)