(Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta quarta-feira aos governos e autoridades locais que estabeleçam um forte sistema de vigilância para as pessoas que correm maior risco de sintomas graves provenientes de uma onda de calor que está atingindo o hemisfério norte.
Pessoas com doenças cardiovasculares, respiratórias e diabetes, assim como mulheres grávidas, crianças e moradores de rua, são vistos como os mais vulneráveis às ondas de calor que têm atingido partes da Europa, Ásia e Estados Unidos nesta semana.
"Estamos muito preocupados com aqueles que são mais vulneráveis. E, claramente, as ondas de calor podem exacerbar todas essas doenças pré-existentes", disse Maria Neira, diretora do departamento de saúde pública, meio ambiente e determinantes sociais da OMS, a jornalistas nesta quarta-feira.
Embora o fenômeno climático El Niño tenha sido visto como o motivo da onda de calor deste ano, o aquecimento global tem agravado ainda mais o problema, causando padrões climáticos erráticos em todo o mundo.
Enquanto alguns estão enfrentando ondas de calor, fortes chuvas atingiram as regiões central e sul da Coreia do Sul desde a semana passada. No norte da Índia, inundações repentinas, deslizamentos de terra e acidentes relacionados a fortes chuvas mataram mais de 100 pessoas desde o início da estação das monções em 1º de junho.
“No médio e longo prazos, precisamos descarbonizar também a nossa sociedade”, disse Neira.
(Reportagem de Leroy Leo e Pratik Jain em Bengaluru)