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GENEBRA (Reuters) - As Nações Unidas expressaram sérias preocupações na quarta-feira sobre a falta de alimentos e outros suprimentos no norte de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas já estavam passando fome, depois que Israel fechou a única passagem para lá na semana passada.
Israel iniciou seu esperado ataque terrestre à Cidade de Gaza, no norte, na terça-feira, e está intensificando os esforços para esvaziar a cidade de civis, abrindo uma rota adicional para o sul.
Centenas de milhares de pessoas estão abrigadas na cidade e muitas relutam em seguir as ordens de Israel para se deslocarem devido aos perigos ao longo do caminho, às condições terríveis, à falta de alimentos na área sul e ao medo de deslocamento permanente.
"Há sérias preocupações sobre o esgotamento dos estoques de combustível e alimentos em questão de dias, já que agora não há pontos de entrada de ajuda direta no norte de Gaza e o reabastecimento do sul para o norte é cada vez mais desafiador devido ao crescente congestionamento e insegurança nas estradas", disse o escritório humanitário da ONU (OCHA) em um comunicado.
O cruzamento de Zikim foi fechado em 12 de setembro e, desde então, nenhum grupo de ajuda humanitária conseguiu importar suprimentos, afirmou.
Os militares de Israel não responderam imediatamente a um pedido de comentário. No final da terça-feira, disseram que a ajuda humanitária teria permissão para entrar no norte de Gaza, sem dar detalhes.
Israel controla todo o acesso a Gaza e diz que permite a entrada de ajuda alimentar suficiente no enclave, onde está em guerra com os militantes palestinos do Hamas há quase dois anos. O país acusa o Hamas de roubar a ajuda, o que os militantes negam.
Um monitor global da fome disse no mês passado que a Cidade de Gaza e as áreas vizinhas estavam oficialmente sofrendo com a fome e que era provável que ela se espalhasse.
(Reportagem de Emma Farge)