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ONU autoriza missão de segurança no Haiti para combater gangues

Publicado 02.10.2023, 18:01
Atualizado 02.10.2023, 18:05
© Reuters. Pessoas que fogem da violência de gangues se abrigam em arena esportiva de Porto Príncipe, no Haiti
01/09/2023
REUTERS/Ralph Tedy Erol

© Reuters. Pessoas que fogem da violência de gangues se abrigam em arena esportiva de Porto Príncipe, no Haiti
01/09/2023
REUTERS/Ralph Tedy Erol

Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou nesta segunda-feira uma missão externa de segurança para o Haiti, um ano depois de o país caribenho ter pedido ajuda para combater violentas gangues que tomaram grande parte da capital, Porto Príncipe.

O conselho, que tem 15 membros, também expandiu o embargo de armas da ONU para todas as gangues. Anteriormente, a regra era válida apenas para alguns indivíduos. Autoridades afirmam que os armamentos que são usados pelos grupos provavelmente foram importados dos Estados Unidos.

Além disso, o conselho adotou uma resolução, esboçada pelos EUA e pelo Equador, que autoriza a missão a “tomar todas as medidas necessárias”, algo que simboliza o uso da força. A China e a Rússia se abstiveram, enquanto todos os outros membros foram favoráveis.

A resposta ao pedido do Haiti foi atrasada pela dificuldade de encontrar um país que liderasse a missão de segurança. O Quênia se prontificou em julho, com a promessa de enviar mil policiais à nação. As Bahamas prometeram mandar 150. Jamaica e Antígua e Barbuda também desejam enviar ajuda.

Embora não esteja destacando tropas, os EUA esperam fornecer 100 milhões de dólares para apoiar a missão internacional, com assistência logística e financeira, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, no mês passado.

Países têm mostrado cautela em apoiar o governo do primeiro-ministro não eleito Ariel Henry, que afirmou não poder realizar eleições com a atual insegurança no país. O Haiti não tem qualquer representante eleito desde janeiro.

Forças de paz da ONU foram ao Haiti em 2004, após uma rebelião ter derrubado o então presidente, Jean-Bertrand Aristide. A missão se retirou em 2017 e foi substituída pela polícia da ONU, que deixou a nação em 2019.

(Reportagem de Michelle Nichols, reportagem adicional de Sarah Morland)

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