Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou nesta segunda-feira uma missão externa de segurança para o Haiti, um ano depois de o país caribenho ter pedido ajuda para combater violentas gangues que tomaram grande parte da capital, Porto Príncipe.
O conselho, que tem 15 membros, também expandiu o embargo de armas da ONU para todas as gangues. Anteriormente, a regra era válida apenas para alguns indivíduos. Autoridades afirmam que os armamentos que são usados pelos grupos provavelmente foram importados dos Estados Unidos.
Além disso, o conselho adotou uma resolução, esboçada pelos EUA e pelo Equador, que autoriza a missão a “tomar todas as medidas necessárias”, algo que simboliza o uso da força. A China e a Rússia se abstiveram, enquanto todos os outros membros foram favoráveis.
A resposta ao pedido do Haiti foi atrasada pela dificuldade de encontrar um país que liderasse a missão de segurança. O Quênia se prontificou em julho, com a promessa de enviar mil policiais à nação. As Bahamas prometeram mandar 150. Jamaica e Antígua e Barbuda também desejam enviar ajuda.
Embora não esteja destacando tropas, os EUA esperam fornecer 100 milhões de dólares para apoiar a missão internacional, com assistência logística e financeira, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, no mês passado.
Países têm mostrado cautela em apoiar o governo do primeiro-ministro não eleito Ariel Henry, que afirmou não poder realizar eleições com a atual insegurança no país. O Haiti não tem qualquer representante eleito desde janeiro.
Forças de paz da ONU foram ao Haiti em 2004, após uma rebelião ter derrubado o então presidente, Jean-Bertrand Aristide. A missão se retirou em 2017 e foi substituída pela polícia da ONU, que deixou a nação em 2019.
(Reportagem de Michelle Nichols, reportagem adicional de Sarah Morland)