NOVA YORK (Reuters) - A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas condenou nesta quarta-feira "violações sistemáticas e generalizadas dos direitos humanos” na e pela Coreia do Norte, em uma resolução anual que o embaixador de Pyongyang na ONU rejeitou.
A resolução, patrocinada por dezenas de países, incluindo os Estados Unidos, foi adotada pela Assembleia-Geral de 193 membros, sem votação. Essas resoluções não são vinculativas, mas podem ter peso político.
O embaixador norte-coreano na ONU, Kim Song, disse à Assembleia-Geral que a resolução "não tem nada a ver com a genuína promoção e proteção dos direitos humanos, pois é um produto impuro de conspirações políticas de forças hostis que buscam manchar a dignidade e a imagem da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e derrubar nosso sistema social."
Um relatório histórico de 2014 da ONU sobre direitos humanos na Coreia do Norte concluiu que os chefes de segurança norte-coreanos --e possivelmente o próprio líder Kim Jong Un-- deveriam enfrentar a justiça por supervisionar um sistema controlado pelo Estado de atrocidades de estilo nazistas.
Em 2016, os Estados Unidos irritaram a Coreia do Norte ao colocar Kim na lista negra por abusos de direitos humanos.