📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

ONU criará órgão para apresentar acusações de atrocidades contra Mianmar

Publicado 27.09.2018, 15:15
© Reuters. Refugiados rohingyas em campo em Bangladesh

Por Tom Miles

GENEBRA (Reuters) - O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) votou nesta quinta-feira a favor da criação de um organismo que preparará indícios de abusos de direitos humanos em Mianmar, incluindo um possível genocídio, para qualquer processo futuro.

O conselho de 47 membros deu 35 votos favoráveis, três contrários e sete abstenções a uma resolução apresentada pela União Europeia e pela Organização de Cooperação Islâmica.

    A China, as Filipinas e Burundi se opuseram à medida, cujos apoiadores disseram que ela foi apoiada por mais de 100 países.

    O embaixador de Mianmar, Kyaw Moe Tun, disse que a resolução se baseou no relatório de uma Missão de Averiguação de Fatos da ONU (FFM) que seu governo rejeitou categoricamente e que foi parcial, unilateral e estimulou a desunião na nação.

    "O esboço de resolução se baseia em acusações graves, mas sem verificação, e recomendações do FFM que poderiam até ameaçar a unidade nacional do país", disse.

    Segundo ele, a linguagem desrespeitosa e as exigências da resolução não contribuirão para se encontrar soluções duradouras para a situação delicada no Estado de Rakhine.

    A resolução cria um órgão para "coletar, consolidar, preservar e analisar indícios dos crimes internacionais mais graves e das violações da lei internacional cometidos em Mianmar desde 2011 e preparar arquivos de maneira a facilitar e acelerar ações legais criminais justas e independentes".

    A nova agência deve participar ativamente de qualquer acusação futura apresentada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que no início deste mês disse ter jurisdição sobre a suposta deportação de muçulmanos rohingyas de Mianmar para Bangladesh.

© Reuters. Refugiados rohingyas em campo em Bangladesh

    Um ano atrás tropas do governo realizaram uma campanha repressiva brutal em Rakhine em reação a ataques do Exército da Salvação Arakan Rohingya (Arsa) a 30 postos da polícia e dos militares de Mianmar. Mais de 700 mil rohingyas fugiram da repressão, e hoje a maioria vive em campos de refugiados na vizinha Bangladesh.

    O relatório da FFM disse que os militares de Mianmar realizaram execuções em massa e estupros coletivos de rohingyas com "intenção genocida" e pediu que o comandante-chefe Min Aung Hlaing e cinco generais identificados sejam processados pelos crimes mais graves.

    Na resolução desta quinta-feira o conselho disse haver informação suficiente para justificar que uma corte competente "determine sua responsabilidade por um genocídio".

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.