Por John Irish e Sabine Siebold
(Reuters) - Um embargo de armas que busca limitar a luta na Líbia tornou-se sem sentido por causa de violações e é imperativo que aqueles que o violam sejam responsabilizados, disse uma autoridade sênior da ONU neste domingo.
“O embargo de armas tornou-se uma piada, todos nós precisamos fazer mais”, disse a vice-representante especial da ONU para a Líbia, Stephanie Williams, depois de uma reunião de ministros das Relações Exteriores na sequência de uma cúpula em Berlim, mês passado, que concordou em manter o embargo. Os conflitos continuaram apesar do pedido por uma trégua.
“É complicado porque há violações em terra, mar e ar, mas elas precisam ser monitoradas e é necessário haver responsabilização”, disse Williams em uma entrevista coletiva, acrescentando que a Líbia está agora repleta de armas avançadas.
Vários países apoiando facções rivais na Líbia violaram repetidamente o embargo de armas, segundo as Nações Unidas, que anteriormente citou Emirados Árabes, Egito e Turquia por violarem o embargo. Depois da conferência em Berlim, as violações cresceram, e a ONU as denunciou sem nomear os países.
O Exército Nacional da Líbia, liderado pelo comandante Khalifa Haftar, baseado no leste, e forças alinhadas com o Governo de Acordo Nacional (GNA) em Trípoli, reconhecido internacionalmente, lutam desde abril do ano passado pelo controle da capital.