NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Quarenta acusações de exploração e abuso sexuais foram feitas nos últimos três meses de 2017 contra missões de paz, agências, fundos, programas e parceiros da Organização das Nações Unidas (ONU), informou a entidade nesta quinta-feira.
Das 40 acusações, 15 foram relatadas em missões de paz, 17 vieram de agências, fundos e programas da ONU, enquanto oito foram relatadas por parceiros da organização, disse o porta-voz da ONU Stephane Dujarric.
"Todas alegações envolvendo nosso pessoal minam nossos valores e princípios e o sacrifício daqueles que servem com orgulho e profissionalismo em alguns dos lugares mais perigosos do mundo", disse Dujarric.
Ele disse que as 40 acusações envolvem 54 vítimas --30 mulheres e 16 garotas, além de outras oito cujas idades não são conhecidas. Doze casos ocorreram no ano passado, e as datas dos demais são desconhecidas.
Dois casos foram fundamentados, três não fundamentados, e todos os demais estão sob investigação, disse o porta-voz.
Mais de 95 mil civis e 90 mil militares e policiais trabalham para a ONU.
A ONU tem tentado aumentar a transparência e fortalecer a maneira que lida com este tipo de alegação nos últimos anos, depois que uma série de acusações de exploração e abuso sexuais foram feitas contra integrantes de missões de paz da entidade na África Central.
(Reportagem de Michelle Nichols)