WASHINGTON (Reuters) - Onze diplomatas venezuelanos nos Estados Unidos desertaram do governo do presidente Nicolás Maduro desde que o líder da oposição Juan Guaidó se autodeclarou presidente interino no mês passado, afirmou representante da oposição nesta quinta-feira.
Gustavo Marcano, assessor graduado do embaixador da oposição venezuelana em Washington, disse a repórteres que as contas bancárias da embaixada e dos consulados da Venezuela nos Estados Unidos foram bloqueadas.
Maduro rompeu relações diplomáticas com Washington e ordenou o fechamento da embaixada e dos consulados do país nos Estados Unidos depois que o governo do presidente Donald Trump reconheceu Guaidó, que invocou artigos da Constituição venezuelana para se declarar presidente, argumentando que a reeleição de Maduro em maio de 2018 foi uma farsa.
Marcano disse que autoridades leais a Maduro haviam “desmantelado” os sistemas dos consulados antes de retornar à Venezuela. A oposição está trabalhando para restaurar os serviços, acrescentou.
Carlos Vecchio, o embaixador da oposição nos Estados Unidos, disse que aqueles que desertaram do governo Maduro continuarão empregados durante o governo interino de Guaidó. A oposição ainda não possui as chaves da embaixada, afirmou.
As 11 deserções fazem parte de um total de 56 diplomatas venezuelanos presentes no país e incluem sete autoridades que trabalham em consulados, três ligados à embaixada e uma autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU).