PUERTO ORDAZ, Venezuela (Reuters) - Trinta e sete presidiários foram mortos durante uma operação noturna das forças de segurança do governo venezuelano em uma prisão no Estado do Amazonas, informou o governador nesta quarta-feira.
Defensores dos direitos humanos há tempos reclamam que gangues violentas exercem controle de facto sobre muitas das caóticas prisões do país e possuem pronto acesso a armas automáticas e até mesmo granadas.
O governo busca reafirmar controle sobre instalações prisionais com falta de pessoal ao enviar forças especiais de tempos em tempos, mas confrontos mortais frequentemente ocorrem.
"Houve um massacre”, tuitou Liborio Guarulla, governador do Amazonas, que disse que 37 prisioneiros foram mortos.
“O necrotério está totalmente sobrecarregado”, disse posteriormente em uma entrevista, acrescentando que a operação na prisão da capital do Estado, Puerto Ayacucho, começou por volta da meia-noite.
O Ministério da Informação da Venezuela, que processa pedidos da mídia para o governo, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Mas um membro do conselho municipal, Jose Mejías, disse que tiros foram escutados durante toda a noite. “O governo entrou e tentou retomar controle da prisão. Os prisioneiros resistiram”, disse Mejías em entrevista.
A Venezuela é um dos países mais violentos do mundo e presidiários frequentemente planejam sequestros e assaltos de dentro das celas.
(Por María Ramírez)