ISTAMBUL (Reuters) - Uma série de atentados contra o partido pró-curdo da Turquia durante a sua campanha para entrar no Parlamento foi associada ao Estado Islâmico na Síria, afirmou o presidente da legenda nesta segunda-feira.
Três pessoas morreram em duas explosões na sexta-feira na cidade de maioria curda de Diyarbakir, no sudeste da Turquia, minutos antes de o chefe do Partido Democrático do Povo (HDP), Selahattin Demirtas, discursar num comício eleitoral.
O número de mortos nos atentados subiu de dois para três nesta segunda-feira depois que um menino de 17 anos morreu por causa de ferimentos, disse a mídia local, citando fontes hospitalares. Pelo menos 200 pessoas ficaram feridas no ataque.
O HDP se tornou domingo o primeiro grupo político com raízes curdas da história a entrar no Parlamento da Turquia como um partido depois que facilmente superou o limite de 10 por cento exigido.
O partido conquistou 80 assentos na configuração do novo Parlamento, ajudando a privar o partido governista AK de uma maioria para formar um governo de partido único.
Em entrevista à emissora CNN, Demirtas disse que o ataque e dois outros atentados contra os escritórios do HDP em maio, em que ninguém morreu, tinham ligação com o Estado Islâmico.
Ele não disse, no entanto, como tinha obtido esta informação ou quais provas sugeriam a ligação dos atentados com o Estado Islâmico, mas culpou a segurança do Estado por não ter impedido os ataques.
(Reportagem de Ayla Jean Yackley)