ANTALYA, Turquia (Reuters) - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vai manter alguns soldados no Afeganistão, mesmo depois que a atual missão de treinamento acabar, por volta do fim do próximo ano, disse a aliança nesta quarta-feira, num sinal de apoio às forças de segurança afegãs que lutam para repelir uma ofensiva do Taliban.
As forças do governo afegão, agora em grande parte sem apoio militar estrangeiro, sofreram baixas pesadas neste ano nos combates contra o Taliban, que tem expandido os ataques de seus redutos tradicionais do sul e leste para o norte.
"Hoje nós concordamos que vamos manter uma presença no Afeganistão, mesmo após o fim da nossa missão atual", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em entrevista coletiva durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores da aliança na Turquia.
A preocupação com a força das tropas afegãs foi renovada por causa da batalha para expulsar centenas de militantes --ajudados por estrangeiros-- dos arredores da capital provincial de Kunduz, no norte, nas últimas duas semanas.
A nova missão da Otan, que deverá ser menor do que a atual operação de 12.000, será liderada por civis e inclui tanto soldados quanto civis, disse Stoltenberg.