Por Nidal al-Mughrabi e Ori Lewis
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Um palestino foi morto por disparos israelenses em Gaza nesta terça-feira, informaram médicos palestinos, elevando o número de mortes em confrontos ao longo da fronteira para 17, com o ministro de Defesa de Israel advertindo que outros protestos serão enfrentados com força semelhante.
Dezenas de milhares de palestinos iniciaram um protesto de duração de seis semanas na última sexta-feira em acampamentos montados ao longo da fortificada fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza.
Os manifestantes pedem pelo direito de retorno para refugiados a vilarejos e cidades onde suas famílias viviam antes de 1948, em território que agora faz parte de Israel.
Dezesseis palestinos morreram depois de serem baleados por soldados israelenses no primeiro dia de protesto, segundo autoridades médicas palestinas. O 17º palestino morto, um homem de 25 anos, estava a cerca de 50 metros da fronteira quando foi baleado, disse seu pai, Omar Ararat, à Reuters.
"Ele estava do meu lado; ele não representava nenhum perigo para eles, mas eles o mataram", disse. Uma porta-voz das Forças Armadas de Israel não tinha informações iniciais sobre a morte.
As mortes aconteceram durante uma das maiores manifestações palestinas ao longo dos 65 km da fronteira em anos. O ministro de Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, defendeu a reação do país.
"Eu alerto (os manifestantes de Gaza) contra continuar a provocação. Nós estabelecemos claras regras de jogo e não pretendemos alterá-las. Qualquer pessoa que se aproximar da fronteira está colocando sua vida em risco", disse, em visita à fronteira.