Por Patricia Reaney
NOVA YORK (Reuters) - Os pais de primeira viagem na casa dos 20 anos têm energia e agilidade para acompanhar o ritmo dos filhos pequenos, mas um novo estudo mostra que a paternidade precoce pode acarretar riscos mais tarde.
Um estudo de pesquisadores finlandeses revelou que se tornar pai antes dos 25 anos tem ligação com uma probabilidade maior de morrer na meia idade.
"Homens que têm filhos antes dos 22 anos têm uma mortalidade na meia idade claramente mais alta do que os homens que têm filhos mais tarde, com uma idade média de 25 a 26 anos", disse a doutora Elina Einio, da Universidade de Helsinque.
Embora a pesquisa não tenha analisado as causas prováveis do maior risco de morte em pais jovens, Elina acredita que a gravidez não planejada, o casamento precoce e o estresse psicológico e econômico da paternidade podem ser fatores.
"As descobertas de nosso estudo fornecem indícios da necessidade de apoiar pais jovens que lutam com as exigências da vida familiar de forma a incentivar comportamentos saudáveis e a saúde futura", afirmou Elina, que relatou os dados no periódico Journal of Epidemiology & Community Health.
Embora outros estudos tenham se concentrado no impacto da maternidade precoce, Elina e sua equipe analisaram dados de mais de 30.500 homens nascidos na Finlândia entre 1940 e 1950.
Cerca de 15 por cento tiveram seu primeiro filho aos 22 anos, quase 30 por cento se tornaram pais aos 24 e menos de 20 por cento se encontravam nas faixas etárias dos 25 aos 26 anos, 27 aos 29 anos e 30 aos 44 anos.
Cerca de um de cada 20 homens morreu durante um período de
monitoramento de 10 anos, sobretudo de doenças cardíacas e males relacionados à ingestão excessiva de álcool.
Os pesquisadores descobriram que os homens que se tornaram pais aos 22 anos têm 26 por cento mais chance de morrer na meia idade do que pais de primeira viagem de 25 ou 26 anos.