Por Daria Sito-Sucic
MONTANHA JAHORINA, Bósnia (Reuters) - Autoridades de segurança e imigração de seis países dos Balcãs Ocidentais, todos com aspirações de se juntar à União Europeia, prometeram nesta quinta-feira trabalhar em conjunto com a UE e agências da ONU para melhorar a governança sustentável da imigração.
Desde 2015, Macedônia do Norte, Montenegro e Sérvia, além de Albânia, Kosovo e Bósnia, tornaram-se rotas chave de trânsito para refugiados de conflitos no Oriente Médio e no Afeganistão, e posteriormente de imigrantes da Ásia e África, buscando uma vida melhor no bloco com 27 membros.
"Sobre a crise de migração, nós dos Balcãs Ocidentais enfrentamos não apenas desafios humanitários, mas também desafios políticos e de segurança”, disse o ministro da Segurança da Bósnia, Nenad Nesic, anfitrião de reunião em um resort montanhoso perto da capital Sarajevo.
Nos últimos meses, a Bósnia identificou um crescimento de imigrantes ilegais devolvidos ao país pela Croácia e pela Eslovênia, após a Croácia se juntar à zona de livre circulação da UE em 1º de janeiro. Muitos reclamaram de reações violentas da polícia, o que a Croácia negou.
Os seis países concordaram em coordenar atividades para enfrentar o contrabando de imigrantes e tráfico de pessoas, aumentar acesso a rotas alternativas para imigrantes que ficarem presos em trânsito e também maneiras de devolver imigrantes.
As tendências migratórias na região voltaram aos níveis pré-pandemia, com o registro de 200.000 imigrantes transitando pela região ano passado, um aumento de 60% em relação ao ano anterior, segundo a Organização Internacional de Imigração (IOM, em inglês).
(Reportagem de Daria Sito-Sucic)