Por Riham Alkousaa
BERLIM (Reuters) - Países europeus suspenderam pedidos de asilo de sírios até segunda ordem nesta segunda-feira, após os rebeldes tomarem a capital síria e o presidente Bashar al-Assad fugir para a Rússia após 13 anos de guerra civil.
A decisão, que afeta dezenas de milhares de pedidos em aberto, reflete a rápida mudança da situação política na Síria e o ressurgimento de partidos de direita em toda a Europa, interessados em restringir a imigração.
A Alemanha abriu suas portas para uma onda de solicitantes de asilo em 2015, no auge da guerra civil da Síria, e agora é lar de quase um milhão de sírios, a maior comunidade da Europa.
O Ministério do Interior da Alemanha disse nesta segunda-feira que não processará pedidos de asilo até haver mais clareza sobre os acontecimentos políticos na Síria. O Reino Unido também suspendeu as decisões sobre pedidos de asilo, com o Ministério do Interior dizendo que estava avaliando a situação.
De acordo com um esquema do governo britânico, 20.319 refugiados sírios foram reassentados no país entre março de 2014 e fevereiro de 2021, segundo o Conselho de Refugiados.
Outros países, incluindo Noruega, Itália, Áustria e Holanda, também anunciaram suspensões de solicitações de sírios. A França disse que esperava anunciar uma decisão semelhante em breve.
Em seu comunicado, o governo italiano afirmou que manteria uma presença diplomática em Damasco, expressando "profunda gratidão" à equipe da embaixada no local.
(Reportagem de Riham Alkousaa em Berlim, Terje Solsvik em Oslo, Francois Murphy em Viena, Layli Foroudi e Juliette Jabkhiro em Paris, Karolina Tagaris em Atenas, Muvija M e Catarina Demony em Londres, Anthony Deutsch em Amsterdã, Angelo Amante em Roma)