BERLIM (Reuters) - Os países europeus vão intensificar o apoio militar à Ucrânia, prometeu o ministro da Defesa da Alemanha nesta segunda-feira, após reuniões com seus homólogos de Reino Unido, França, Itália e Polônia sobre como fomentar os esforços de defesa de Kiev às vésperas da volta de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
"Nosso objetivo deve ser permitir que a Ucrânia atue a partir de uma posição de força", disse Boris Pistorius a repórteres em Berlim, após sediar uma reunião do Grupo dos Cinco principais países europeus em defesa.
A vitória eleitoral de Trump -- que é cético quanto ao apoio dos EUA à Ucrânia -- aumentou a pressão sobre a Europa para intensificar seu papel no armamento de Kiev, caso os Estados Unidos, os maiores doadores até agora, reduzam sua ajuda.
Uma missão da Otan localizada em Wiesbaden assumirá a coordenação da ajuda militar ocidental para a Ucrânia em janeiro, disse Pistorius, uma mudança que já era esperada por meses.
O estabelecimento da nova missão, denominada Assistência e Treinamento de Segurança da Otan para a Ucrânia (NSATU), é amplamente visto como um esforço para proteger o mecanismo de ajuda de qualquer interferência de Trump.
(Reportagem de Sabine Siebold, em Berlin, e Alan Charlish, em Varsóvia)