Por Ori Lewis
JERUSALÉM (Reuters) - Um prisioneiro palestino em greve de fome há nove semanas ficou inconsciente nesta sexta-feira em um hospital de Israel, num caso que deve colocar à prova uma nova lei israelense que permite a alimentação forçada.
Mohammed Allan, de 31 anos, um ativista islâmico jihadista, entrou em greve de fome após sua detenção sem julgamento, em novembro. O hospital Barzilai, em Ashkelon, no sul de Israel, disse que havia colocado o paciente no soro e em um respirador, e que seu estado era estável.
Há muito tempo Israel se preocupa que as greves de fome por palestinos possam resultar em mortes em suas prisões, provocando protestos nos territórios ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
No mês passado, Israel sancionou uma lei que permite aos médicos administrarem nutrientes a pessoas em greve de fome contra sua vontade, para tentar mantê-los vivos.
A lei encontrou forte oposição da associação médica israelense, que considera a alimentação forçada uma forma de tortura, além de um procedimento médico arriscado. A entidade exortou os médicos a não se submeterem à lei.