RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - O palestino Mohammed Allan encerrou uma greve de fome de 65 dias contra sua detenção sem julgamento, nesta quarta-feira, depois que a Suprema Corte israelense suspendeu o mandado de prisão, disse seu advogado.
"A história está encerrada, a detenção administrativa está cancelada e, portanto, não há nenhuma greve", afirmou o advogado Jameel Khatib à Reuters.
Israel estava mantendo sob custódia Allan, um filiado à Jihad Islâmica, sob a chamada detenção administrativa, uma prática que, segundo o país, é uma medida de segurança vital, mas que tem a oposição de palestinos e grupos de direitos humanos.
Allan sofreu danos cerebrais como resultado da greve de fome e está internado em Israel em estado grave. O tribunal disse que em sua condição atual ele não representa nenhuma ameaça e, portanto, suspendeu seu mandado de prisão.
O caso do ativista da Jihad Islâmica, de 31 anos, estava sendo monitorado de perto por lados opostos no conflito entre israelenses e palestinos e parecia que desencadearia uma nova onda de violência caso Allan tivesse morrido por causa da greve de fome.
O tribunal disse que Allan vai ficar no hospital israelense onde estava sendo tratado. O hospital informou que o estado de saúde de Allan piorou desde que ele foi retirado da sedação na terça-feira.
(Reportagem de Ali Sawafta)