(Reuters) - Um guarda israelense matou a tiros um palestino que tentou esfaqueá-lo em um posto de segurança movimentado na Cisjordânia nesta terça-feira, informou a polícia de Israel.
A porta-voz da polícia, Luba Samri, disse que o palestino se aproximou do guarda a pé pela faixa de veículos do posto de Qalandiya brandindo uma faca e que o segurança não ficou ferido.
O Ministério da Saúde palestino confirmou a morte.
Ao menos 228 palestinos morreram em episódios de violência na Cisjordânia e na Faixa de Gaza desde outubro de 2015. Israel diz que no mínimo 154 deles eram agressores envolvidos em uma onda de ataques solitários que muitas vezes visaram forças de segurança recorrendo a armas rudimentares, como facas de cozinha. Outros morreram durante confrontos e protestos.
Os ataques de rua mataram ao menos 33 israelenses e dois norte-americanos em visita no mesmo período.
Israel sustenta que uma das causas principais da violência é a incitação da liderança palestina, já que homens jovens são incentivados a agredir soldados e civis israelenses.
As famílias dizem que os agressores agem por desespero, frustrados pela falta de progresso rumo à paz e pela construção contínua de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, que os palestinos querem para formar seu próprio Estado.
Os palestinos acusaram policiais e soldados israelenses de empregarem força excessiva em muitos casos, dizendo que muitos agressores poderiam ter sido contidos ou detidos sem ser mortos. Em vários casos Israel iniciou investigações.
(Por Maayan Lubell e Ali Sawafta)