Por Isla Binnie
PAMPLONA, Espanha (Reuters) - Autoridades da cidade espanhola de Pamplona estão empenhadas em garantir às mulheres que seu festival anual de corrida de touros é seguro depois que um ataque a uma jovem no evento de 2016 provocou clamores por punições mais severas a crimes sexuais.
O festival turbulento e movido a álcool, no qual uma maioria de homens se permite ser perseguido por touros em ruas estreitas, começa na sexta-feira. Sugestões de boicote circularam nas redes sociais, por permanece a revolta com um ataque realizado por cinco homens que se autoproclamavam "Alcateia" dois anos atrás.
No início deste ano um tribunal inocentou os cinco da acusação de estupro de uma mulher de 18 anos no festival de 2016, condenando-os pelo crime de abuso sexual, que tem uma pena mais branda. Sua libertação sob fiança no mês passado provocou novos protestos.
O caso é um exemplo chocante da desigualdade de gênero na Espanha, mas também dos crimes sexuais em festivais. As autoridades de Pamplona começaram a reprimi-los em 2014.
"Confrontada por apelos para não vir ao festival, eu apelaria às mulheres dizendo que Pamplona é uma cidade cujas instituições e sociedade disseram que não permitirão ataques", disse a conselheira de segurança e comunidade Itziar Gómez.
"Este é um local seguro com apoio social, institucional e policial."
Itziar e seus colegas da prefeitura lançaram uma campanha chamada "Pamplona – livre dos ataques sexistas".
Nesta semana algumas mulheres pretendem se vestir de preto, e não com as roupas brancas tradicionais, para mostrar seu desgosto com as absolvições.