Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco disse nesta quarta-feira que a ameaça de guerra na Ucrânia causou "grande dor em meu coração", e condenou ações que "desestabilizam a coexistência entre nações e desacreditam o direito internacional".
Os Estados Unidos e seus aliados acusaram a Rússia de violar flagrantemente a lei internacional ao ordenar o envio de tropas em regiões separatistas do leste da Ucrânia e reconhecer as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk como Repúblicas independentes.
Francisco, falando em tom sombrio no final de sua audiência geral semanal, também pediu aos políticos que façam "um sério exame de consciência diante de Deus" sobre os efeitos de suas ações.
Ele proclamou a Quarta-feira de Cinzas, em 2 de março deste ano, como um dia internacional de jejum e oração pela paz. O papa ainda condenou a "insensatez diabólica da violência" e pediu à Nossa Senhora, "rainha da paz, que salve o mundo da loucura da guerra".
"Tenho muita dor no coração por causa do agravamento da situação na Ucrânia", disse Francisco, acrescentando que estava angustiado e preocupado como muitos ao redor do mundo porque a paz estava ameaçada por interesses sectários.
"Apelo a todos os lados para que se abstenham de qualquer ação que possa provocar mais sofrimento às populações, desestabilizar a convivência entre as nações e desacreditar o direito internacional."