Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco encerrou neste domingo o "Ano Santo da Misericórdia" da Igreja Católica Romana, um período que inspirou a esperança entre muitos seguidores mas também foi marcado por conflitos em todo o mundo e lutas internas dentro da própria Igreja.
Em uma cerimônia na Basílica de São Pedro, Francisco fechou sua "Porta Santa", através da qual o Vaticano diz que cerca de 20 milhões de peregrinos caminharam desde que foi aberta em 8 de dezembro, para buscar bênçãos especiais e passar simbolicamente do pecado à graça.
Os Anos Santos costumam acontecer a cada 25 anos, a menos que um papa decrete um extraordinário - como este encerrado neste domingo - para chamar a atenção a uma determinada necessidade ou tópico.
O próximo seria em 2025 mas, Francisco, de 79 anos, preocupado com crescentes divisões e conflitos no mundo e a polarização entre católicos, determinou um ano especial sobre o tema da misericórdia, uma parte importante para a sua busca por uma igreja menos crítica e mais inclusiva.
Os católicos de todo o mundo foram convidados a perdoar uns aos outros e o papa fez inúmeros apelos aos líderes mundiais para que fizessem gestos de paz e reconciliação.
Em sua homilia em uma missa para 70.000 pessoas na Praça de São Pedro, celebrada juntamente com 17 novos cardeais nomeados no sábado, ele pediu pela continuidade do espírito de esperança e misericórdia.
"Pedimos a graça de nunca fechar as portas da reconciliação e do perdão, mas sim de saber superar o mal e as diferenças, abrindo todos os caminhos possíveis de esperança", disse ele.