Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco ordenou que o arcebispo Georg Gaenswein, secretário particular e assessor de longa data do falecido papa Bento 16, retorne à Alemanha, sua terra natal, até o final do mês, sem qualquer nova designação de cargo, informou o Vaticano nesta quinta-feira.
Uma declaração do Vaticano pôs fim às especulações sobre o papel que Gaenswein, uma figura poderosa no Vaticano por mais de uma década antes de Francisco colocá-lo de lado após um desentendimento pessoal, teria na igreja.
O ex-papa Bento 16 morreu em 31 de dezembro, quase uma década depois de renunciar em 2013 -- o primeiro pontífice a fazê-lo em 600 anos.
Gaenswein tem 66 anos e é excepcionalmente incomum para alguém dessa posição e de idade relativamente jovem não ter uma designação, o que dá à decisão do papa uma sensação de banimento.
A declaração de duas linhas disse que Francisco "dispôs" que Gaenswein, de 66 anos, voltasse à sua diocese de Freiburg "por enquanto".
Quase todos os secretários papais no passado foram designados para liderar dioceses ou cardeais ou receberam algum outro posto de alto perfil. Gaenswein está a nove anos da idade normal de aposentadoria para os bispos, que é de 75 anos.
Ele se encontrou com Francisco várias vezes nos últimos meses sobre seu futuro e houve especulações na mídia católica de que ele esperava conseguir uma designação diplomática como núncio, ou embaixador, em um país.
Gaenswein se recusou a comentar quando contatado pela Reuters na quinta-feira.