Por Philip Pullella
(Reuters) - Em um novo livro, o Papa Francisco conclama os líderes da Igreja Católica Romana a agirem com mais compaixão na tarefa de pastorear uma "humanindade ferida", em vez de agirem como grandes estudiosos da verdade, rápidos na hora de condenar e excluir aqueles que não obedecem os ensinamentos da Igreja.
O livro, intitulado "O Nome de Deus é Misericórdia", não abre nenhuma nova fronteira, mas é um reforço muito convincente dos principais temas debatidos no papado de Francisco, resumidos em palavras simples a partir de uma conversa com o veterano jornalista italiano Andrea Tornielli.
No livro, de 150 páginas, o Papa Francisco repete uma frase amplamente citada, "Quem sou eu para julgar?", usada em uma declaração sobre os homossexuais, dizendo que "as pessoas não devem ser definidas apenas por sua identidade sexual".
O livro, que tem formato de perguntas e respostas, será lançado na terça-feira e coincide com o Ano Jubilar da Misericórdia, durante o qual 1,2 bilhão de católicos do mundo todo são convidados a buscar o perdão e perdoar.
Em seu primeiro livro, destinado ao público em geral, o Papa Francisco pareceu criticar os conservadores da Igreja, dizendo que eles prejudicam a ideia da misericórdia em nome da doutrina.
"A Igreja não existe para condenar as pessoas, mas para promover o encontro com o amor visceral da misericórdia de Deus", disse ele, acrescentando que "a humanidade está ferida, profundamente ferida".
O Papa Francisco critica aqueles que, na igreja, "estão acostumados a ver apenas as coisas que se encaixam em suas noções pré-concebidas e pureza ritual, em vez de deixar-se surpreender pela realidade, por um amor maior ou um padrão mais elevado."